A Grama Seca do Vizinho



By Sil Oliveira

É fato que o ser humano necessita buscar incessantemente pela auto-realização que está no topo da pirâmide de Maslow. Mesmo quando o individuo alcançou algumas  realizações, ele continua a seguir outros objetivos, isto funciona como um motor de ignição que mantém-nos vivos.

Todavia, há uma ideia doentia de competitividade que faz com que tenhamos uma tendência a olhar sempre para a grama verde do vizinho, e nunca achamos que nossa grama está verde o suficiente.

Evidentemente, buscamos sempre pela nossa evolução, seja como profissionais ou como ser humano. No entanto, ninguém evolui sozinho. Por que nunca reparamos na grama que está seca do nosso vizinho?
Não para conformamos com o que já conquistamos, mas para jogar água na grama seca e fazer uma tentativa de salvá-la.

Se tivéssemos sido educados para sermos mais solidários e não individualistas somaríamos muito mais força para resolver determinadas questões sociais.
Mas, somos educados desde cedo a superar nossas próprias marcas para enfrentarmos esse mundo competitivo.

Cabe nesse momento citar uma frase para reflexão do filósofo francês Edgar Morin:  "Há necessidade de se investir em uma educação para a civilização, que deve abrir um novo caminho civilizatório mundial. O que não se regenera, se degenera. Para a educação do futuro, é preciso ensinar ética, solidariedade e responsabilidade, que caminham juntas no mundo atual, globalizado".

Relação entre o Lixo, a Violência e a Cidadania em Carapicuíba

                                           

By Sil Oliveira

Pertencer à Cidadania significa ter o direito de viver numa cidade limpa em todos os sentidos, seja no sentido denotativo e no sentido figurado.  Viver numa cidade livre do lixo e da violência tornaram sonhos utópicos não só para os moradores de Carapicuíba como outros municípios que vivem o mesmo problema, onde a Cidadania é algo quase inexistente.
Além dos direitos, um cidadão também tem o dever de exercer sua cidadania. Um bom cidadão zela pela limpeza da sua cidade. Não espera que façam alguma coisa, ele mesmo toma iniciativas, motiva e dá seu exemplo.
Vamos usar o termo “marginal” para designar o antônimo de Cidadão. Um marginal vive à margem da sociedade, isto é, ele não se considera como parte da sociedade, pois não segue suas leis, não usufrui dos direitos e menos ainda dos deveres de um cidadão. Ele se confunde com o próprio lixo que ele mesmo produz e joga nas ruas da cidade.
Mas qual seria a relação entre o lixo e a violência?
Um individuo à margem da cidadania não se preocupa com o próximo, não mostra amor por ele mesmo tão pouco respeita a natureza  e a limpeza da sua cidade.
Ele é fruto da falta de Educação, da desigualdade social, o sistema é muito mais complexo do que conseguimos explicar através dessa humilde reflexão.
O excesso de lixo nas ruas e a falta de estrutura para reciclar o próprio lixo na cidade leva à uma situação de descaso e de abandono.
Se ninguém se preocupa com o lixo, também não se preocupa com a parte da população à beira da cidadania que também é vista como lixo. O descaso com o lixo gera abandono, que gera violência. Se lembrarmos da fábula do rato da fazenda, todos os problemas estão interligados.
É preciso resgatar não só o conceito de Cidadania bem como a sua prática. Se as pessoas começarem a mostrar amor pela sua cidade a começar pela sua limpeza, talvez não será a solução definitiva mas certamente será o caminho para a solução de outros problemas.
Necessitamos de iniciativas, projetos e campanhas que levem este assunto à sério a começar pelas escolas.
Conforme a Secretaria da Educação, Carapicuíba tem 51 escolas públicas. Sendo assim, são milhares de estudantes envolvidos com a questão da Cidadania.
Mesmo não sendo a solução de todos os problemas do município de Carapicuíba, seria ao menos uma tentativa de buscar resgatar a Cidadania através das crianças e jovens.

“Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos”. Pitágoras



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